DIAS
"Surgiu como um clarão...
Um raio me cortando a escuridão...
E veio me puxando pela mão...
Por onde não imaginei seguir...
Me fez sentir tão bem, como ninguém...
E eu fui me enganando sem sentir....
E fui abrindo portas sem sair...
Sonhando às cegas, sem dormir...
Não sei quem é você...
O amor em seu carvão...
Foi me queimando em brasa no colchão...
E me partiu em tantas pelo chão...
Me colocou diante de um leão...
O amor me consumiu, depois sumiu...
E eu até perguntei, mas ninguém viu...
E fui fechando o rosto sem sentir...
E mesmo atenta, sem me distrair...
Não sei quem é você...
No espelho da ilusão...
Se retocou pra outra traição...
Tentou abrir as flores do perdão...
Mas bati minha raiva no portão...
E não mais me procure sem razão...
Me deixe aqui e solta a minha mão...
E fui flechando o tempo, sem chover.....
Fui fechando os meus olhos, pra esquecer...
Quem é você?"